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quarta-feira, 8 de abril de 2020

8º ano - A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A TRANSMISSÃO DE DOENÇAS

  
                Foi na Inglaterra que o desenvolvimento industrial deu-se de forma mais acelerada e o trabalho, sob o sistema de produção capitalista, torna-se elemento essencial para gerar riqueza. As lamentáveis condições de trabalho e sobrevivência dos primeiros trabalhadores industriais, inclusive mulheres e crianças, passaram a constituir uma ameaça à produção e geraram expressões de resistência por parte dos trabalhadores.
            Nas fábricas, a aglomeração humana em espaços inadequados, propiciavam a ocorrência e disseminação de doenças infectocontagiosas que, associadas às imposições do ritmo da produção determinado pelas máquinas, configuravam altas taxas de mortalidade por doenças e acidentes de trabalho. (...)
            Ensaiam-se as primeiras propostas controvertidas de intervir nas empresas para minimizar os efeitos danosos do trabalho sobre as vidas humanas que expressaram-se numa sucessão de normatizações e legislações. A criação da Lei das Fábricas, em 1833, foi seu ponto mais relevante e constitui a origem dos serviços de Medicina do Trabalho (Gomez & Thedim, 1997; Mendes e Dias, 1991).
PENTEADO, Eliane Villas Bôas de Freitas. Tuberculose no ambiente hospitalar: uma questão da
saúde do trabalhador. [Mestrado] Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 1999.
124p. Acessado em: https://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_chap&id=00006902&lng=pt&nrm=iso



Sobre RESUMO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA, acesse o link:

 A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores viviam na miséria. Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco, a jornada de trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por dia para as crianças. s fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos.
Fonte: https://annanerd.com.br/revolucao-industrial/  acessado em 08/04/2020
Higiene, miasmas e bactérias

            Os problemas urbanos pelos quais passavam as grandes cidades europeias do século XIX tinham conseqüências para toda população. A feiúra e insalubridade das cidades começaram a incomodar até os mais ricos, atingindo os bairros luxuosos.                  
Milhares de pessoas foram vítimas de doenças, como: a varíola, a febre tifoide, a tuberculose ou diarreia e gripe. Muitas epidemias eram transmitidas pelos ratos, que propagavam a peste bubônica; pelos percevejos, que infectavam a cama; pelos piolhos, que transmitiam a tifo; e pelas moscas, que espalhavam várias enfermidades. Os lugares escuros e úmidos se tornavam habitat certo para as bactérias, e o acúmulo de pessoas num mesmo cômodo aumentava as possibilidades de transmissão de doenças através do contato e da respiração.
            A falta de água para higiene pessoal e da casa era comum. Algumas regiões de Londres só recebiam água em poucos dias por semana. A falta de condições sanitárias permitiu o alastramento do cólera pela Europa em 1830. Na França estima-se que as vítimas chegaram a 500 mil pessoas, nos outros países as mortes também chegaram as mesmas proporções eliminando em poucas semanas ou meses a vida de milhares de homens e mulheres, principalmente de crianças.
            O ano de 1840 foi marcado por uma série de sindicâncias sobre as condições de vida nas cidades maiores. Foram realizadas campanhas de higiene pelos bairros pobres, desinfetando as casas com vinagre. O cólera impressionava pela sua novidade. Para muitos médicos e higienistas as doenças eram causadas por miasmas, ou seja, pelo ar contaminado, que era considerado um fluído inerte no qual a ausência de renovação favorecia a ação dos germes. A teoria dos miasmas era herdeira das elaboradas no fim do século XVIII, as quais consideravam a água parada o lugar de formação das emanações. Estas putrefações eram consideradas nocivas à saúde. Elas eram associadas, no imaginário da época, aos lugares fechados onde se juntavam os pobres.  A higiene passou a ser um assunto de grande interesse dos administradores urbanos não só contra doenças nos momentos de epidemias, mas também no intuito de estabelecer novos hábitos e práticas nos lares, hospitais, fábricas, etc. O culto ao asseio exaltava o banho, o cuidado com as roupas, lavar as mãos. Desta forma, a água também se tornou uma preocupação. Medidas simples foram priorizadas, como deixar o local ventilado com luz do sol e limpo


1) Como eram as relações de trabalho e o que propiciava a ocorrência e a disseminação de doenças infectocontagiosas no período da Revolução Industrial, na Inglaterra?
2) Pesquise sobre a forma de contágio e sobre os sintomas de uma das doenças comuns do período da Revolução Industrial na Inglaterra. Podem ser pesquisadas doenças como a tuberculose, varíola, tifo ou cólera.
Para responder a questão 02, pode-se retirar informações deste videoaula


03) E hoje, como o coronavírus (COVID-19) está sendo transmitido? Elabore um texto de conscientização sobre o assunto e escolha uma imagem (ou desenhe) para ilustrar sua explicação. 
Para responder a questão 03, pode-se pesquisar neste link https://www2.tatui.sp.gov.br/coronavirus/

 VAMOS ASSISTIR UM FILME?


Tempos Modernos

O filme Tempos Modernos focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 1930, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome. Focaliza, também, a vida do na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. 

É uma crítica à "modernidade" e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas ideias "subversivas". Nesse trecho, o operário Carlitos se envolve em inúmeras confusões relacionadas ao seu trabalho. O diretor satiriza o controle do corpo, a exploração da mão-de-obra operária.

Produção: Tempos Modernos, Comédia, 1936, 87 min. Direção: Charles Chaplin.