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quinta-feira, 26 de julho de 2012

8º ANO - A VINDA DA FAMÍLIA REAL NO BRASIL - ATIVIDADE

Leia o seguinte texto, depois responda as questões:

Com as cores e os ares da Europa


“De capital do Vice-Reino do Brasil à sede do Império português. Com a chegada da família real e sua corte, o Rio de Janeiro precisava adequar a realidade da Colônia aos moldes europeus. A tarefa não era fácil. Como descreveria o viajante inglês John Luccock, alguns anos mais tarde, a cidade era "a mais suja associação humana vivendo sob a curva dos céus". À imitação das ruas de Lisboa, as vias cariocas estavam repletas de lama e de toda sorte de sujeira. As igrejas e os conventos eram os edifícios públicos mais notáveis e, fora algumas touradas realizadas no Campo de Santana, não existiam diversões como as européias. Os jardins do Passeio Público, construído entre 1779 e 1783, foram durante anos o principal atrativo da cidade.
D. João tratou de revitalizar esse cenário, fundando teatros, organizando concertos musicais na Capela Real, adicionando novas datas no já carregado calendário de festas locais e criando o Jardim Botânico, como parte do esforço de transformar o Rio em uma cidade civilizada nos trópicos. Era importante ainda criar uma imagem do Império. Para isso, aportou no país em 1816 a Missão Francesa, composta por artistas como Lebreton, Taunay, Debret e Grandjean de Montigny. A Missão produziu imagens que hoje são a memória material do período, além de transformar a paisagem da sede imperial, substituindo o barroco pelo estilo neoclássico. Os 54 quadros que chegaram com os artistas franceses tornaram-se embrião, junto com a coleção de D. João, de outra grande instituição cultural da cidade: o Museu Nacional de Belas Artes.
            O conhecimento europeu aportou no país em forma de livros, manuscritos, gravuras, estampas, mapas, moedas e medalhas. O acervo da Real Biblioteca, com cerca de 60 mil volumes, foi transferido para o Rio de Janeiro logo após a chegada da Família Real, na Ordem Terceira do Carmo, deu origem à Biblioteca Nacional, hoje apontada pela Unesco como a oitava maior biblioteca do mundo”.

SCHWARCZ, Lília Moritz. O dia em que Portugal fugiu para o Brasil. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 1, número 1, jun de 2005. p.26.


a) Explique o título do Texto: “Com as cores e os ares da Europa”.

b) Qual a importância da Missão Artística Francesa neste contexto até hoje?

c) Dentre as novidades trazidas pela família Real, qual a autora do texto coloca como de grande importância cultural para o Brasil de ontem e de hoje?


TEMA: A VINDA DA FAMÍLIA REAL E INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
QUESTÃO 01

Utilizando seus conhecimentos da história do período (1808/1822), explique, as possíveis divisões do mapa do Brasil na imagem abaixo. Não esqueça que neste mapa encontra-se uma hipótese a respeito do processo de independência do Brasil.
QUESTÃO 02 
A vinda da família real portuguesa foi bastante significativa para o Brasil, pois possibilitou
a) o fim do pacto colonial a partir da liberdade de comércio estabelecida em 1808.
b) uma maior liberdade para os negros africanos de exercer seus rituais religiosos.
c) uma alteração na cultura brasileira, que se tornou livre das influências britânicas.
d) a perpetuação dos valores culturais portugueses que passaram a ser os únicos do Brasil.

QUESTÃO 03
 
Procure interpretar as “charges" que se encontra acima e ao lado, analisando a versão da Independência do Brasil, que elas transmitem.

QUESTÃO 04


Explique a imagem acima, dando preferência em sua resposta à causa, dentro do seu contexto histórico. (Por que Napoleão está em território espanhol e qual o motivo para os exércitos franceses estarem em Portugal?).
QUESTÃO 05
Partindo do mesmo princípio da questão anterior, comente a principal conseqüência da invasão napoleônica ao território português e qual a sua relação com a História do Brasil.

QUESTÃO 06
A figura ao abaixo representa uma das diversas conseqüências da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, o “Ponha-se na rua”. Qual o significado da expressão e por que esse fato aconteceu?

8º ANO - A VINDA DA FAMÍLIA REAL NO BRASIL (PARTE 1)



8º ANO - A VINDA DA FAMÍLIA REAL NO BRASIL

A Vinda da Família Real ao Brasil em 1808
No início do século XIX, a Europa estava agitada pelas guerras. Inglaterra e França disputavam a liderança no continente europeu.
Em 1806, Napoleão Bonaparte, imperador da França, decretou o Bloqueio Continental, proibindo que qualquer país aliado ou ocupado pelas forças francesas comercializasse com a Inglaterra. O objetivo do bloqueio era arruinar a economia inglesa. Quem não obedecesse, seria invadido pelo exército francês.
  Portugal viu-se numa situação delicada.   Nessa época, Portugal era governado pelo príncipe regente D. João, pois sua mãe, a rainha D. Maria I, enlouquecera. D. João não podia cumprir as ordens de Napoleão e aderir ao Bloqueio Continental, pois tinha longa relação comercial com a Inglaterra, por outro lado o governo português temia o exército francês.
Sem outra alternativa, Portugal aceitou o Bloqueio, mas, continuou comercializando com a Inglaterra. Ao descobrir a trama, Napoleão determinou a invasão de Portugal em novembro de 1807. Sem condições de resistir à invasão francesa, D. João e toda a corte portuguesa fugiram para o Brasil, sob a proteção naval da marinha inglesa. A Inglaterra ofereceu escolta na travessia do Atlântico, mas em troca exigiu a abertura dos portos brasileiros aos navios ingleses.
A corte portuguesa partiu às pressas de Lisboa sob as vaias do povo, em 29 de novembro de 1807. Na comitiva vinha D. João, sua mãe D. Maria I, a princesa Carlota Joaquina; as crianças D. Miguel, D. Maria Teresa, D. Maria Isabel, D. Maria Assunção, D. Ana de Jesus Maria e D. Pedro, o futuro imperador do Brasil e mais cerca de 15 mil pessoas entre nobres, militares, religiosos e funcionários da Coroa. Trazendo tudo o que era possível carregar; móveis, objetos de arte, jóias, louças, livros, arquivos e todo o tesouro real imperial.
Após 54 dias de viagem a esquadra portuguesa chegou ao porto de Salvador na Bahia, em 22 de janeiro de 1808. Lá foram recebidos com festas, onde permaneceram por mais de um mês.
Seis dias após a chegada D. João cumpriu o seu acordo com os ingleses, abrindo os portos brasileiros às nações amigas, isto é, a Inglaterra. Eliminando em parte o monopólio comercial português, que obrigava o Brasil a fazer comércio apenas com Portugal.
Mas o destino da Coroa portuguesa, era a capital da colônia, o Rio de Janeiro, onde D. João e sua comitiva desembarcaram em 8 de março de 1808 e onde foi instalada a sede do governo.
Na chegada ao Rio de Janeiro, a Corte portuguesa foi recebida com uma grande festa: o povo aglomerou-se no porto e nas principais ruas para acompanhar a Família Real em procissão até a Catedral, onde, após uma missa em ação de graças, o rei concedeu o primeiro "beija-mão".
A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro provocou uma grande transformação na cidade.  D. João teve que organizar a estrutura administrativa do governo. Nomeou ministros de Estado, colocou em funcionamento diversas secretarias públicas, instalou tribunais de justiça e criou o Banco do Brasil (1808).
Era preciso acomodar os novos habitantes e tornar a cidade digna de ser a nova sede do Império português. O vice-rei do Brasil, D. Marcos de Noronha e Brito cedeu sua residência, O Palácio dos Governadores, no Lago do Paço, que passou a ser chamado Paço Real, para o rei e sua família e exigiu que os moradores das melhores casas da cidade fizessem o mesmo. Duas mil residências foram requisitadas, pregando-se nas portas o "P.R.", que significava "Príncipe Regente", mas que o povo logo traduziu como "Ponha-se na Rua". Prédios públicos, quartéis, igrejas e conventos também foram ocupados. A cidade passou por uma reforma geral: limpeza de ruas, pinturas nas fachadas dos prédios e apreensão de animais.
As mudanças provocaram o aumento da população na cidade do Rio de Janeiro, que por volta de 1820, somava mais de 100 mil habitantes, entre os quais muitos eram estrangeiros – portugueses, comerciantes ingleses, corpos diplomáticos – ou mesmo resultado do deslocamento da população interna que procurava novas oportunidades na capital.
As construções passaram a seguir os padrões europeus. Novos elementos foram incorporados ao mobiliário; espelhos, bibelôs, biombos, papéis de parede, quadros, instrumentos musicais, relógios de parede.
Com a Abertura dos Portos (1808) e os Tratados de Comércio e Navegação e de Aliança e Amizade (1810) estabelecendo tarifas preferenciais aos produtos ingleses, o comércio cresceu. O porto do Rio de Janeiro aumentou seu movimento que passou de 500 para 1200 embarcações anuais.
A oferta de mercadorias e serviços diversificou-se. A Rua do Ouvidor, no centro do Rio, recebeu o cabeleireiro da Corte, costureiras francesas, lojas elegantes, joalherias e tabacarias. A novidade mais requintada era os chapéus, luvas, leques, flores artificiais, perfumes e sabonetes.
Para a elite, a presença da Corte e o número crescente de comerciantes estrangeiros trouxeram familiaridade com novos produtos e padrões de comportamento em moldes europeus.  As mulheres seguindo o estilo francês; usavam vestidos leves e sem armações, com decotes abertos, cintura alta, deixando aparecer os sapatos de saltos baixos. Enquanto os homens usavam casacas com golas altas enfeitadas por lenços coloridos e gravatas de renda, calções até o joelho e meias. Embora apenas uma pequena parte da população usufruísse desses luxos.
Sem dúvida, a vinda de D. João deu um grande impulso à cultura no Brasil.
Em abril de 1808, foi criado o Arquivo Central, que reunia mapas e cartas geográficas do Brasil e projetos de obras públicas. Em maio, D. João criou a Imprensa Régia e, em setembro, surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro. Logo vieram livros didáticos, técnicos e de poesia. Em janeiro de 1810, foi aberta a Biblioteca Real, com 60 mil volumes trazidos de Lisboa.
Criaram-se as Escolas de Cirurgia e Academia de Marinha (1808), a Aula de Comércio e Academia Militar (1810) e a Academia Médico-cirúrgica (1813). A ciência também ganhou com a criação do Observatório Astronômico (1808), do Jardim Botânico (1810) e do Laboratório de Química (1818).
Em 1813, foi inaugurado o Teatro São João (atual João Caetano). Em 1816, a Missão Francesa, composta de pintores, escultores, arquitetos e artesãos, chegaram ao Rio de Janeiro para criar a Imperial Academia e Escola de Belas-Artes. Em 1820, foi a vez da Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura-civil.
A presença de artistas estrangeiros, botânicos, zoólogos, médicos, etnólogos, geógrafos e muitos outros que fizeram viagens e expedições regulares ao Brasil – trouxe informações sobre o que acontecia pelo mundo e também tornou este país conhecido, por meio dos livros e artigos em jornais e revistas que aqueles profissionais publicavam. Foi uma mudança profunda, mas que não alterou os costumes da grande maioria da população carioca, composta de escravos e trabalhadores assalariados.
Com a vitória das nações européias contra Napoleão em 1815, ficou decidido que os reis de países invadidos, pela França deveriam voltar a ocupar seus tronos.
D. João e sua corte não queriam retornar ao empobrecido Portugal. Então o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves (uma região ao sul de Portugal). O Brasil deixava de ser Colônia de Portugal, adquiria autonomia administrativa.
Em 1820, houve em Portugal a Revolução Liberal do Porto, terminando com o Absolutismo e iniciando a Monarquia Constitucional. D. João deixava de ser monarca absoluto e passava a seguir a Constituição do Reino. Dessa forma, a Assembléia Portuguesa exigia o retorno do monarca. O novo governo português desejava recolonizar o Brasil, retirando sua autonomia econômica.
Em 26 de abril de 1821, D. João VI cedendo às pressões, volta a Portugal, deixando seu filho D.Pedro como príncipe regente do Brasil.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

9º ANO - GETÚLIO VARGAS

getúlio

Quem foi e governo
- Getúlio Dornelles Vargas (19/4/1882 - 24/8/1954) foi o do Brasil durante dois mandatos.: 1930 a 1945 e de 1951 a 1954.
- Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
- Vargas assumiu o poder em 1930, após liderar a Revolução de 1930
- Governo marcado pelo nacionalismo e populismo.
- Fechou o Congresso Nacional no ano de 1937 e instalou o Estado Novo, governando de forma controladora e centralizadora.
- Criou o Departamento de Imprensa e Propaganda para censurar e controlar manifestações contra opostas ao seu governo.
- Perseguiu opositores políticos, principalmente, partidários e simpatizantes do socialismo. 
Realizações importantes de seu governo: 
- Criou a Justiça do Trabalho em 1939;
- Criou e implantou vários direitos trabalhistas, entre eles, o salário mínimo, Consolidação das Leis do Trabalho, semana de trabalho de 48 horas, Carteira profissional e férias remuneradas.
- Vargas fez fortes investimentos nas áreas de infraestrutura: criação da Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Vale do Rio Doce e Hidrelétrica do Vale do São Francisco .
- Em 1938, criou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
- Após um golpe militar, Vargas deixou o governo em 1945. 
O Segundo Mandato
- Vargas foi eleito presidente da República em 1950, através das vias democráticas, ou seja, pelo voto popular.
- Neste segundo mandato continuou com uma política nacionalista.
- Criou a campanha do "Petróleo é Nosso", para impedir que empresas estrangeiras pudessem explorar o petróleo em terras brasileiras. Esta campanha resultou, posteriormente, na criação da Petrobrás. 
A crise do governo Vargas e o suicídio
- Em 1954, o clima político no Brasil era tenso e conflituoso. Havia fortes críticas por parte da imprensa ao governo de Vargas. Os militares também estavam descontentes com medidas consideradas “de esquerda” tomadas por Vargas. A população também estava muito descontente, pois a situação econômica do país era ruim.
-Existia, portanto, grande pressão para que ele renunciasse. Porém, em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito.

UMA ATIVIDADE PRA RELAXAR: CAÇA PALAVRAS DA ERA VARGAS:

Jogo de caça-palavras sobre a Era Vargas


quinta-feira, 31 de maio de 2012

ATIVIDADES REVOLUÇÃO FRANCESA - 8º ANO

QUESTÕES DE APOIO – REVOLUÇÃO FRANCESA – 8º ANO
1)      Qual o período de acontecimento da Revolução Francesa?(2l)
2)      Qual era a situação da França no séc. XVIII? (4l)
3)      Quem pagava os impostos?(2l)
4)      Quais as características de um país absolutista?(4l)
5)      O que era a falta de democracia? (3l)
6)      O que acontecia com os oposicionistas?(3l)
7)      Quem fazia parte do clero(1º estado)?(3l)
8)      Quem fazia parte da nobreza (2º estado)?(3l)
9)      Quem fazia parte do povo (3º estado)?(3l)
10)   Por que o povo foi para as ruas? Qual era o objetivo?(5l)
11)   Quem comandava a monarquia na França?(2l)
12)   O que foi a Bastilha? (3l)
13)   O que foi a queda da Bastilha?(4l)
14)   Quais foram as realizações firmadas durante a Assembleia, 
além da  tomada da Bastilha?(4l)
15)   Durante a revolução francesa, parte da nobreza deixou a França.
O que aconteceu com a Família  Real?(2l)
16)   O que aconteceu com Robespierre, líder jacobino?(2l)
17)   O que aconteceu quando a burguesia voltou ao poder? (4l)
18)   Qual personagem da revolução francesa que era general e se
 tornou imperador? (2l)
19)   O que foi o golpe 18 brumário?(4l)
20)   O que realmente significou a revolução francesa?(3l)
21)   O que o povo ganhou com a revolução?(3l)
22)   Por que podemos dizer que a revolução francesa foi uma
 revolução burguesa?(3l)
23)   O que a revolução francesa influenciou com seus ideais iluministas?

ATIVIDADES REVOLUÇÃO FRANCESA - 8º ANO

QUESTÕES DE APOIO – REVOLUÇÃO FRANCESA – 8º ANO
1)      Qual o período de acontecimento da Revolução Francesa?(2l)
2)      Qual era a situação da França no séc. XVIII? (4l)
3)      Quem pagava os impostos?(2l)
4)      Quais as características de um país absolutista?(4l)
5)      O que era a falta de democracia? (3l)
6)      O que acontecia com os oposicionistas?(3l)
7)      Quem fazia parte do clero(1º estado)?(3l)
8)      Quem fazia parte da nobreza (2º estado)?(3l)
9)      Quem fazia parte do povo (3º estado)?(3l)
10)   Por que o povo foi para as ruas? Qual era o objetivo?(5l)
11)   Quem comandava a monarquia na França?(2l)
12)   O que foi a Bastilha? (3l)
13)   O que foi a queda da Bastilha?(4l)
14)   Quais foram as realizações firmadas durante a Assembleia, 
além da  tomada da Bastilha?(4l)
15)   Durante a revolução francesa, parte da nobreza deixou a França.
O que aconteceu com a Família  Real?(2l)
16)   O que aconteceu com Robespierre, líder jacobino?(2l)
17)   O que aconteceu quando a burguesia voltou ao poder? (4l)
18)   Qual personagem da revolução francesa que era general e se
 tornou imperador? (2l)
19)   O que foi o golpe 18 brumário?(4l)
20)   O que realmente significou a revolução francesa?(3l)
21)   O que o povo ganhou com a revolução?(3l)
22)   Por que podemos dizer que a revolução francesa foi uma
 revolução burguesa?(3l)
23)   O que a revolução francesa influenciou com seus ideais iluministas?

terça-feira, 15 de maio de 2012

REVOLUÇÃO FRANCESA 8º ANO

INTRODUÇÃO.
A Idade Contemporânea começa com a Revolução Francesa, a partir de 1789, e se estende até os dias de hoje. Esta revolução representa a derrubada do poder absoluto dos reis, o Absolutismo, e a tomada do poder político pelos burgueses.
Os ideais da burguesia vitoriosa se consolidam no século XIX, nas chamadas Revoluções Liberais, e se espelharam pelo mundo. Na América, sua influência inspira a independência das colônias de Espanha e Portugal. A revolução na França em 1789 foi um processo complexo repleto de reviravoltas, mas ao final a burguesia conseguiu decapitar o absolutismo, tomou o poder e expandiu os ideais revolucionários pelo mundo, incluindo o Brasil até então colônia de Portugal. A título de exemplo encontra-se a repercussão dos ideais libertários de "francezia" na Sedição dos Alfaiates em 1798 na cidade de Salvador - Bahia, divulgados através dos "papéis sediciosos" colocados em locais públicos da cidade cuja transcrição de um trecho desdes papéis continha a seguinte frase: "Todos serão iguais, não haverá diferença; só haverá liberdade, igualdade e fraternidade". Não por acaso igualdade, liberdade e fraternidade formam o lema da Revolução Francesa 
Considerada um dos marcos da História o evento revolucionário francês é um divisor de águas na linha do tempo histórico dada a sua importância, pois modificou radicalmente a base do poder político e social na França. Sob o lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", cuja fundamentação ideológica era Iluminista, a burguesia junta-se ao povo e pega em armas contra a nobreza pondo fim aos privilégios de nobres e do clero, liquidando as instituições feudais do Antigo Regime.



Esta imagem é a representação da Liberdade conduzindo o povo à luta contra a opressão do regime absolutista. 















De súditos a cidadãos.
"Avante, filhos da pátria. O dia da glória chegou. O estandarte ensanguentado da tirania contra nós se levanta. Ouvis nos campos rugirem esses ferozes soldados? Vem eles até nós, degolar nossos filhos, nossas mulheres. Às armas cidadãos. Formai vossos batalhões. Marchemos, marchemos! Nossa terra do sangue impuro se saciará". Este trecho da Marselhesa, canção revolucionária que depois se tornaria o hino nacional da França, nos dá uma pista da motivação que a maioria da população sentia para por fim ao regime absolutista de Luís XVI.
CLIQUE PARA OUVIR A MARSELHESA - HINO DA FRANÇA

No final do século XVIII a sociedade francesa esta dividida politicamente em três ordens: O Primeiro Estado composto pelo Clero. O Segundo Estado era da Nobreza, os mais privilegiados, sustentados pelos impostos pagos pelo Terceiro Estado que, correspondia a mais de 95 % da população composto de burgueses, camponeses e trabalhadores urbanos.

O Cenário na França - Antecedentes da Revolução.
Nesta época a França atravessava graves dificuldades econômicas que repercutiam mais perversamente sobre o Terceiro Estado da sociedade. A Guerra dos Sete Anos vencida pela Inglaterra, trouxe consequencias devastadoras para as finanças da França. Além do elevado endividamento externo, o país sofria com as péssimas safras agrícolas e setor industrial abalado pela eficiente concorrência dos produtos ingleses. Em suma, o cenário de fome na zona rural, prejuízos no comércio e falta de trabalho nas cidades compunham o drama no antes todo poderoso Império de Carlos Magno. Como solução para enfrentar a crise os ministros de Luis XVI adotaram uma receita clássica: cobrar mais impostos. Mas não era só isso, inovaram e ousaram ao incluir no rateio os nobres e clero, até então isentos de tributos. Esta solução desagradou as classes dominantes que pressionaram o rei para abortar a proposta dos ministros, e a situação política ficou repleta de tensão.
Indeciso Luis XVI foi aconselhado a convocar a Assembléia Nacional Constituinte ou Estados Gerias. Este modelo de conselho de estado era representado pelos 3 estados que compunham a sociedade e cada um tinha direito a um voto, obvio que se dependesse desta decisão o jogo já estava perdido para o terceiro estado, pois o placar seria 2 a 1 para nobres e clero que estavam combinados para a votação. Foi então que cansado de não ter voz o terceiro estado revolta-se e se autoproclamou como Assembléia Nacional Constituinte elaborando uma nova Constituição para a França. Atendendo ao chamado o povo envolve-se no coro dos protestos, haviam um clima de motim no ar pelas ruas de Paris, as pessoas corriam em busca de comida e armas, em 14 de julho invadem um símbolo do poder do Absolutismo, a prisão política da Bastilha. Entre os vários processos democráticos que tiveram início com a Revolução Francesa destaca-se a luta das mulheres por sua participação no espaço público, da qual a Marcha de Versalhes é um Emblema. Atualmente o local onde ficava a Bastilha, totalmente demolida em 1789, é ocupado por uma praça de mesmo nome e Palácio de Versalhes, onde ficava a corte frencesa, tornou-se um museu.
Portanto a partir deste momento a permanência da realeza tornou-se insustentável, nobres começam a abandonar o país e os revolucionários expandem o movimento para o interior invadindo as propriedades da nobreza. Neste mesmo ano foi elaborada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, estabelecendo a igualdade de todos perante a lei e estipulando liberdade individual ao cidadão. Segundo o historiador francês George Lefebvre a Declaração representou o atestado de óbito do Absolutismo e por romprer os pricípios feudais é considerado um dos fundamentos do Estado contemporâneo. Na maioria das constituições modernas estes fundamentos estão presentes. Clique no link abaixo para acessar os artigos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão admitida na convenção de 1793:
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO


A Queda da Bastilha, destruida pelos revolucionários em 1789, em verdade foi a representação simbólica da eliminação de um  monumento de opressão do Regime Absolutista.

Curiosiodade: A vestimenta identificava a classe social das pessoas na França. Os Sans-culottes eram assim chamados, aqueles que não vestiam o cullotte um tipo de calça justa que modelava as nádegas, uma indumentária típica da nobreza. Os populares vestiam calças largas daí a expressão sem calça ou sem bunda.







A ASSEMBLÉIA
Passados os primeiros atos da revolução o período conhecido como Assembléia Nacional constitui-se na formatação do novo modelo do poder político. Eleita através do voto censitário (voto condicionado a faixa de renda) a maioria de seus representantes pertenciam a elite burguesa. Os deputados estavam divididos em 3 grupos : Girondinos (representantes da alta burguesia) sentavam-se a direita do plenário, eram conservadores e combatiam o crescimento dos "sans-culottes"  (literalmente "os" sem bunda - ou seja, o povo). Os Jacobinos representantes da média e baixa burguesia sentavam-se a esquerda, eram apoiados pelas camadas populares e intencionavam aumentar a participação do povo no governo. No centro localizavam-se o maior grupo, conhecido como Grupo do Pântano que ora estava com os girondinos ora apoiava os jacobinos. Ao final dos trabalhos foi redigida a Constituição que manteve a monarquia, mas instituía a divisão do poder em 3 partes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Os bens da Igreja foram confiscados e declarava a igualdade de direitos civis.
Contudo, preocupados com o efeito dominó que os acontecimentos da Revolução na França poderiam causar a suas monarquias, os países vizinhos adotaram uma posição ofensiva a fim de combater os ventos da mudança vindos da França. Apoiados pelos nobres franceses refugiados e pelo próprio rei Luis XVI que sonhava em voltar ao poder, Áustria e Prússia invadem a França. Liderados por Robespierre, Marat e Danton, jacobinos e sans-culottes organizam o exército, venceram os invasores estrangeiros e assumem o poder. Formaram as guardas nacionais e iniciam o período mais radical da revolução - A Convenção.


A CONVENÇÃO.
Pressionados pela massa de popular os deputados formam uma nova Assembléia, desta vez eleita por voto universal com objetivo de elaborar uma nova Constituição. Este período denominado de Convenção correspondeu a tomada do poder pelos jacobinos que proclamaram a República e decapitaram o rei Luís XVI capturado durante a invasão pela Áustria, além de vários representantes da nobreza. Iniciava-se o Período do Terror, que durou alguns meses e sob o comando de Robespierre milhares de pessoas foram condenadas à guilhotina pelo Tribunal Revolucionário, instituído para prender e julgar traidores. As cabeças "rolaram" e Robespierre perdeu o controle, talvez a sanidade, quando mandou executar seus antigos companheiros de revolução, incluindo Danton. O governo jacobino foi popular, pois conseguiu estabilizar os preços, mas as perseguições levaram à perda de apoio do povo e a liderança de Robespierre ficou desgatada. Os representantes da Convenção se revoltaram contra Robespierre que acabou preso e executado. Desta maneira chegava ao fim o governo jacobino. Girondinos e o grupo do pântano em aliança restauraram o poder nas mãos da alta burguesia.


A guilhotina foi o instrumento utilizado pelo governo dos Jacobinos para aterrorizar o "inimigos" da revolução. Milhares de pessoas foram decapitadas durante o período conhecido como Terror. Devido a invasão da França pela Aústria e Prússia, os jacobinos, liderados por Robespierre, acusavam os nobres de conspirarem contra a revolução e portanto justificava a degola de "nobres cabeças". Contudo perdeu-se o controle da situação e a decapitação em massa atingiu também os representantes populares que haviam pegado em armas para lutar contra o Absolutismo.    

Curiosidade: O inventor da máquina de execução da revolução foi o médico Joseph-Inace Guillotin ou o Dr. Guilhotina que acabou emprestando seu nome ao invento. Saiba mais como a guilhotina tornou-se símbolo da crueldade da revolução clicando no link: História da Guilhotina 




O DIRETÓRIO.
O governo do Diretório consolidou as aspirações da burguesia e seus líderes resolvem redigir outra Constituição. O período foi marcado por ameaças de invasão externa e amedrontada em perder privilégios a alta burguesia entregou o poder a um jovem general muito popular por suas conquistas militares, seu nome, Napoleão Bonaparte. Alçado ao poder pelo golpe de Estado em 1799, denominado de 18 Brumário, Napoleão instala um novo modelo de governo - O Consulado. Neste sistema, a França era governada por 3 cônsules, dos quais Napoleão era o mais influente. Em 1804, realiza sua auto coroação como imperador. Mantém a expansão territorial através de guerras e consegue aumentar significativamente os domínios territoriais da França. Neste particular a expansão napoleônica vai propiciar um evento que terá repercussões para o Brasil. Trata-se da vinda da família real portuguesa em 1808, que zarpa para o Brasil fugida das tropas de Napoleão. Uma sugestão de leitura interessante para saber como "uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta" enganaram um dos maiores estrategistas militares da época e mudaram a História de Portugal e do Brasil é o livro de Laurentino Gomes - "1808".
O Código Civil implantando por Napoleão foi um dos seus legados no campo do Direito, influenciou a legislação da maioria dos países europeus que adotaram os princípios jurídicos contidos neste código.
Napoleão empreenderá uma campanha militar expansionista francesa que extrapolará o Continente europeu e durante o período que esteve no poder modificará expressivamente o mapra geopolítico da Europa. 
Evidente que as guerras promovidas por Napoleão lhe trouxeram muitos inimigos, que estavam permanentemente na espreita a qualquer deslize para atacá-lo. Esta oportunidade surgiu ao cometer um erro tático contra os russos, ou melhor, contra o inverno russo, fato que apressou o fim da era napoleônica. Em 1815 as tropas francesas debilitadas pelo fracasso na campanha na Rússia foram derrotadas por uma coalizão das potencias européias, resultando na prisão de Napoleão. Pouco depois tenta retornar o poder, mas novamente é derrotado e acaba exilado na Ilha de Santa Helena local onde faleceu.


Napoleão Bonaparte representou a consolidação da Revolução Franesa no modelo de regime voltado para os interesses da burguesia.










O CONGRESSO DE VIENA.
Reunidos para reorganizar o mapa da Europa profundamente afetado pelas conquistas napoleônicas os principais líderes da Europa promovem um acordo para devolver o poder político à nobreza, mas não por muito tempo. A partir de 1830 um movimento denominado Revoluções Liberais iniciados na França vão sacudir toda Europa e o modelo de Estado burguês concretizado por Napoleão volta a baila, comprovando que as mudanças trazidas pela Revolução Francesa vinham para ficar.


O Congresso de Viena reunido para remodelar o mapa geopolítico da Europa bastante modificado pelas conquistas napoleônicas

MONARQUIA X REPÚBLICA 8º ANO

MONARQUIA x REPÚBLICA

 A monarquia e a república os dois tipos comuns em que se apresenta o governo nos Estados modernos. Monarquia é a forma de governo em que o poder está nas mãos de um indivíduo, de uma pessoa física. Monarquia é o Estado dirigido por uma vontade física.
Quanto à posição do monarca, existem três modalidades: a) o rei é considerado deus ou representante de Deus, como acontecia nas monarquias orientais e mesmo quanto aos monarcas medievais, que se davam como os representantes divinos; b) o rei é considerado proprietário do Estado, como acontecia na época feudal, em que os reis dividiam o Estado entre os herdeiros; c) o rei é o órgão do Estado, é um quarto poder, como acontece nas monarquias modernas em que o monarca representa a tradição, é um elemento moral, um poder moderador entre os demais poderes.
Desenvolvimento das formas de governo :
Classificação de Aristóteles:Monarquia: poder centrado em uma pessoa física.
Aristocracia: poder onde o Estado é governado por um pequeno grupo de pessoas físicas-
Democracia ou Politéia: governo de uma maioria
Classificação de Maquiavel:República: caracterizada pela temporalidade do poder e seu exercício é atribuído ao povo. Outra característica marcante é que ninguém ocupa o maior cargo de uma República se não for através de eleições, portanto está intrinsecamente ligada a um partido ou a uma coligação de partidos políticos.
A República pode ser subdividida em:
República Direta: onde a população exerce diretamente as funções do Estado.
Exemplo.: Catões da Suíça onde a população se reúne em assembléia ou indiretamente em que a comunidade elege seus representantes.
República Presidencial: onde o presidente ocupa a função de Chefe de Estado e Chefe de Governo
República Parlamentar: em que as funções são divididas, ficando o presidente com a função de Chefe de Estado e o Conselho de Ministros com a chefia de governo.m

ATIVIDADES REPUBLICA VELHA 9º ANO

Atividades Complementar PARA ENTREGAR

REVOLTAS NA REPÚBLICA VELHA

1. Complete:
a) O messianismo desenvolveu-se em áreas................pobres e atrasadas.
b) Os componentes básicos do messianismo
são:................................................................................................e seu
...............................................................................................................................
c) Na República Velha, os principais exemplos de messianismo foram as revoltas
de..............................................................e..............................................................


2. Nas afirmações abaixo algumas são verdadeiras e outras são falsas. Corrija as afirmações
falsas reescrevendo a frase corretamente:
a) O povoado de Canudos era habitado por intelectuais perseguidos pelo governo e por políticos da
oposição. Seu objetivo era tomar o poder no país pela luta armada.

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
b) O povoado de Canudos foi fundado por Antonio Conselheiro, numa velha fazenda
abandonada do sertão baiano.

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_____________________________________________________________________________
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c) A população de Canudos vivia em sistema comunitário e possuía leis próprias, não
obedecendo ao pode que governava o país.

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d) Os fazendeiros baianos e a elite política apoiavam o povoado de Canudos e exigiam do governo
projeto para melhorara as condições da comunidade.

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__________________________________________________________________________
e) Antes de ser completamente destruído, Canudos derrotou várias expedições militares do
governo.

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

3. Complete:
a) A Guerra do Contestado ocorreu na fronteira entre os Estados de_______________ e
___________________________________________________________________________.
b) Liderados pelo Monge José Maria, os sertanejos do contestado lutavam contra a exploração
dos____________ e de _______________________________________________________
c) José Maria fundou com os sertanejos a chamada________________________.
d) Os sertanejos de Contestados foram violentamente perseguidos
pelos______________________________________________e pelos demais-
______________________com o apoio das ________________________________________


4. Qual era o objetivo daqueles que perseguiam os sertanejos de Contestados?





5. Assinale com V as frases verdadeiras e com F as falsas:
a) No governo de Rodrigues Alves, a cidade do Rio de Janeiro era considerada a amais moderna do
país, com índices muito baixos de doenças epidêmicas;
b) O medico sanitarista Oswaldo Cruz organizou grupos funcionários de saúde para acabar com os
focos de ratos e mosquitos;
c) A revolta da vacina explodiu por causa de um decreto do governo, tornando obrigatória a
vacinação contra a varíola;
d) A revolta da Vacina contou apenas com a participação do povo, pois a imprensa, os militares e
os políticos de oposição apoiaram o decreto de vacinação obrigatório do governo;
e) Além de reagir contra a vacina obrigatória, o povo lutava também contra o desalojamento, o
custo de vida, o desemprego, e o autoritarismo dos funcionários do governo.


6. Por que a Revolta dos Marinheiros, ocorrida em 1910, ficou conhecida como a Revolta da
Chibata?


7. Complete:
a) A Revolta da Chibata era liderada pelo Marinheiro ________________, que ficou conhecido
como Almirante Negro.
b) Além dos castigos físicos, os marinheiros protestavam também contra a
má__________________________________ e os ________________________


8. Marque C para certo ou E para Errado:
a) Os marinheiros liderados por João Candido ameaçaram bombardear Rio de Janeiro;
b) O governo entrou em guerra contra os marinheiros da Chibata, conseguindo dominá-los após
uma luta sangrenta;
c) João Candido passou para a História como “ O Almirante Negro” que acabou com a Chibata na
marinha do Brasil;
d) O governo conseguiu dominar a Revolta da Chibata sem dispara um só tiro, pois enganou os
marinheiros com a promessa de atender às suas exigências.

REPÚBLICA VELHA - 9º ANO

República Velha compreende o período entre os anos de 1889 e 1930, quando a elite cafeeira paulistana e mineira revezava o cargo da presidência da República movida por seus interesses políticos e econômicos.
¥O primeiro presidente foi o Marechal Deodoro da Fonseca, que proclamou a República em 15 de novembro de 1889 e conquistou o mandato através do Governo Provisório.
¥O Governo Provisório foi responsável por acabar com a mediação da Igreja nos interesses políticos. Deodoro da Fonseca, em seu governo, separou Igreja e Estado, determinou o fim do padroado e fez com que o casamento se tornasse um registro civil obrigatório.
¥Por mais que demonstrasse confiança no cargo de presidente, Deodoro da Fonseca renunciou à presidência após o fracasso da política econômica do “encilhamento”, empreendida pelo Ministro da Fazenda Rui Barbosa. O “encilhamento” permitia que grandes emissões de dinheiro fossem realizadas, o que acabou suscitando em um grave período inflacionário.
¥Em 1891, foi elaborada a Primeira Constituição da República, baseada no texto constitucional dos Estados Unidos. Dentre as principais mudanças estavam o rompimento com o sistema monárquico, a divisão dos três poderes independentes entre si (Legislativo, Executivo e Judiciário) e a alternância da presidência com eleições diretas realizadas no período de 4 anos. Todos os homens com mais de 21 anos letrados eram obrigados a votar e as províncias passaram a ser denominadas estados, obtendo mais autonomia federativa.
¥1889-1891: Marechal Manuel Deodoro da Fonseca;
¥1906-1909: Afonso Augusto Moreira Pena (morreu durante o mandato)
¥1909-1910: Nilo Procópio Peçanha (vice de Afonso Pena, assumiu em seu lugar);
¥1918-1919: Francisco de Paula Rodrigues Alves (eleito, morreu de gripe espanhola, sem ter assumido o cargo);
¥1919: Delfim Moreira da Costa Ribeiro (vice de Rodrigues Alves, assumiu em seu lugar);
¥1930: Júlio Prestes de Albuquerque (eleito presidente em 1930, não tomou posse, impedido pela Revolução de 1930);
¥1930: Junta Militar Provisória: General Augusto Tasso Fragoso, General João de Deus Mena Barreto, Almirante Isaías de Noronha.
¥Em 1930, o gaúcho Getúlio Vargas articulou um golpe de Estado com a intenção de boicotar o posto de presidência de Júlio Prestes, candidato de Washington Luís. Ele se juntou a alguns militantes de esquerda que queriam acabar com a política do café-com-leite (alternância de paulistas e mineiros na presidência). O ato ficou conhecido como Revolução de 1930 e consolidou a figura de Vargas como um dos presidentes mais emblemáticos que já governaram o Brasil.
Movimentos Messiânicos:
Líderes religiosos.
Guerra de Canudos (BA 1896 1897):
Antônio Conselheiro (líder).
Causas: miséria crônica da população nordestina, má distribuição de terras, descaso com o
trabalhador rural, seca, aumento de impostos, separação entre religião e Estado decorrente da
proclamação da República.
Camponeses seguem Antônio Conselheiro, formando o Arraial de Canudos (ou Arraial do
Belo Monte), no interior da BA.
Banditismo Social ou Cangaço (NE 1890 1940):
Bandos armados que percorriam o interior nordestino sobrevivendo de delitos.
Principais bandos: Lampião e Curisco.
Causas: miséria crônica da população nordestina, seca, má distribuição de terras, descaso do Estado
e dos coronéis para com os mais pobres, violência.
Mito do Robin Hood.
Os cangaceiros foram perseguidos pela polícia volante e exterminados um a um. Eram os únicos que
despertavam medo nos coronéis, justamente por não terem perspectiva de melhorar sua condição e
portanto não precisar temer o desrespeito das leis vigentes 
 
Revolta da Vacina (RJ 1904):
Projeto de modernização do RJ (Presidente Rodrigues Alves).
Destruição de cortiços e favelas, ampliação das avenidas, construção de novos prédios
inspirando-se em Paris.
Expulsão de comunidades pobres das regiões centrais, inflação, alta do custo de vida.
Vacinação obrigatória contra a varíola (Oswaldo Cruz) desencadeia conflito.
Durante o conflito, um grupo de partidários radicais do Mal. Floriano Peixoto, denominados
jacobinos florianistas tenta tomar o poder, não obtendo resultados satisfatórios.
 
Revolta dos Marinheiros ou Revolta da Chibata (RJ 1910):
João Cândido (líder), posteriormente apelidado de Almirante Negro.
Causas: maus tratos, baixos soldos, péssima alimentação e castigos corporais (como a chibata, por
exemplo) dentro da marinha.

 
A Semana de Arte Moderna (SP fev/1922):
Crítica aos padrões artísticos e literários formais (métrica, rima, saudosismo, sentimentalismo).
Criação de uma nova estética sem fórmulas fixas e limitadoras da criatividade.
Paulicéia Desvairada MÁRIO DE ANDRADE: primeira obra modernista.
Principais representantes: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Menotti del
Picchia (literatura), Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti (pintura), Villa-Lobos (música),
Vitor Brecheret (escultura).

O FIM DA REPÚBLICA  
Manifestações de diversos setores abalam o poder do governo.
¥      Movimento operário.
¥      Movimento tenentista.
¥      A Revolução de 30:
¥      Crise de 29 abala poder econômico dos cafeicultores.
¥      Governo não tem como valorizar artificialmente o café.
¥      Rompimento do pacto do café-com-leite: era a vez de MG indicar o candidato, porém, SP indica o paulista Júlio
Prestes para a sucessão do presidente Washington Luís.
¥      MG + RS + PB formam a ALIANÇA LIBERAL com os candidatos Getúlio Vargas (RS) e João Pessoa (PB)
para presidente e vice, respectivamente.
¥      Aliança liberal recebe apoio de alguns tenentes e classe média urbana, além de várias outras oligarquias dissidentes.
¥      Júlio Prestes vence eleição fraudulenta.
¥      Protestos  contra o resultado das urnas tomam conta do país.
¥      João Pessoa é assassinado na PB.
¥      Agitação popular aumenta.
¥        Exército resolve depor o então presidente Washington Luís antes mesmo da posse de Júlio Prestes e entregar a
presidência ao comandante em chefe da revolta, Getúlio Vargas.
       
¥Revolta de Juazeiro (CE – 1913):
¥Líder: Padre Cícero.
¥Causa: Intervenção do governo central no Ceará, retirando do poder a tradicional família Accioly (Política das Salvações).
¥Padre Cícero lidera um exército formado por fiéis que recuperam o poder para a tradicional família.
¥Prestígio político do Padre Cícero aumenta consideravelmente, e a família Accioly retoma o controle do Estado do Ceará.
 
¥Guerra do Contestado (SC/PR 1912 – 1916):
¥José Maria (líder).
¥Causas: exploração de camponeses, concessão de terras e benefícios para empresas inglesas e americanas que provocaram a expulsão e marginalização de pequenos camponeses.
¥Origem do nome: região contestada entre os estados de Santa Catarina e Paraná.
¥Assim como Canudos, os participantes foram violentamente massacrados.