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quarta-feira, 8 de abril de 2020

8º ano - RESUMO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA

HISTÓRIA

RESUMO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA



A Revolução Industrial foi um processo de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX, tendo-se iniciado na Inglaterra. Nela, o trabalho artesanal foi substituído pelo assalariado e pelo uso de máquinas, sendo sua principal característica.
Este é um resumo da Revolução Industrial em todas as suas etapas. Veja as principais características da primeira, segunda, terceira e ainda da revolução industrial no Brasil.
Essa matéria é frequente nas questões de história do ENEM e de outros vestibulares.
Não deixe de conferir os exercícios sobre Revolução Industrial.
Nesse artigo vamos falar sobre:
  • Resumo da Revolução Industrial
  • O que é a Revolução Industrial;
  • Principais Causas;
  • Primeira Revolução Industrial;
  • Segunda Revolução Indutrial;
  • Terceira Revolução Indutrial;
  • Como isso se deu no Brasil.

Resumo da Revolução Industrial

Antes de qualquer resumo precisamos começar com a definição do tema. O resumo facilitará organizando em tópicos o que foi o destaque nesse acontecimento que mudou o mundo.

O que é Revolução Industrial?







revoluçao industrial
Revolução Industrial consiste no processo que levou às modificações econômicas e tecnológicas, e que consolidou o sistema capitalista, além de permitir o advento de novas formas de organização da sociedade.
O surgimento da produção mecanizada em grande escala iniciou as transformações dos países da Europa e da América do Norte. Estas nações se tornaram hegemonicamente industriais e suas populações se concentraram cada vez mais nas cidades.
Aprenda mais sobre o que foi o processo de Urbanização após a Revolução Industrial.

Causas da Revolução Industrial

expansão do comércio internacional dos séculos XVI e XVII aumentou expressivamente a riqueza da burguesia. Isso originou o acúmulo de capital que financiou o progresso técnico e o alto custo da instalação nas indústrias.
elaboração de projetos para o aperfeiçoamento das técnicas de produção e a criação e máquinas para a indústria ganharam investimentos da burguesia europeia, que se encontrava cada vez mais fortalecida e enriquecida. Ela observou rapidamente que se obtinha maior produtividade e se aumentavam os lucros quando se empregavam máquinas em grande escala.

Fases da Revolução Industrial







revolução industrial
As transformações tecnológicaseconômicas sociais vividas na Europa Ocidental, que se iniciaram primeiramente na Inglaterra por volta do século XVIII, tiveram inúmeros desdobramentos, que podem chamados de fases. Essas representam o processo evolutivo das tecnologias desenvolvidas e as mudanças socioeconômicas consequentes.

Resumo da Primeira Revolução Industrial

A Primeira Revolução Industrial diz respeito ao processo de evolução tecnológica vivido a partir do século XVIII na Europa Ocidental, entre os anos 1760 e 1850. Esse processo estabeleceu uma nova relação entre a sociedade e o meio, e também possibilitou o surgimento de novas formas de produção que transformaram o setor industrial.
Características:
  • Substituição da energia produzida pelo homem por energias como a vapor, eólica e hidráulica;
  • Substituição da produção artesanal (manufatura) pela indústria (maquinofatura);
  • Existência de novas relações de trabalho.
As principais invenções que transformaram o cenário vivido na época foram: 
  • Utilização do carvão como fonte de energia;
  • Desenvolvimento da máquina a vapor e da locomotiva;
  • Desenvolvimento do telégrafo, um dos primeiros meios de comunicação quase instantânea.
A produção se modificou, diminuindo o tempo e aumentando a produtividade. As invenções tornaram possíveis um melhor escoamento de matérias-primas, bem como de consumidores e também favoreceram a distribuição dos bens produzidos.

Resumo da Segunda Revolução Industrial

Segunda Revolução Industrial diz respeito ao período entre a segunda metade do século XIX até cerca do século XX, tendo seu fim durante a Segunda Guerra Mundial. A industrialização avançou os limites geográficos da Europa Ocidental, se espalhando por países como Estados Unidos, Japão e demais países da Europa.
Aprenda mais sobre a Segunda Guerra Mundial.
Essa fase tem como principal característica os avanços tecnológicos maiores que os da primeira fase, assim como o aperfeiçoamento de tecnologias já existentes. O mundo experimentou novas criações que aumentaram ainda mais a produtividade e, consequentemente, aumentaram os lucros das indústrias. Nesse período também houve um grande incentivo às pesquisas, principalmente no campo da medicina.
As principais invenções estão relacionadas ao uso do petróleo como fonte de energia, utilizado no motor à combustão. A eletricidade começou a ser usada para o funcionamento de motores, em especial os elétricos e à explosão.

Resumo da Terceira Revolução Industrial

Terceira Revolução Industrial, ou Revolução Tecnocientífica, teve seu início na metade do século XX, após a Segunda Guerra Mundial. Essa fase constitui uma revolução não somente no setor industrial, uma vez que passou a associar o desenvolvimento tecnológico voltado ao processo produtivo ao avanço científico, deixando de se limitar a somente alguns países e se alastrando por todo o mundo.
As transformações possibilitadas pelos avanços tecnocientíficos são vivenciadas até os dias atuais, sendo que cada nova descoberta representa um novo patamar alcançado dentro dessa fase da revolução, consolidando o que ficou conhecido como Capitalismo Financeiro
A introdução da biotecnologia, robótica, avanços na área da genética, telecomunicações, eletrônica, transporte, entre outras áreas, transformaram não somente a produção, como também as relações sociais, o modo de vida da sociedade e o espaço geográfico.






avanço na medicina
Todo o desenvolvimento proporcionado pelos avanços obtidos nas inúmeras áreas científicas associam-se ao processo de globalização.
Confira o artigo completo sobre o que é a globalização.

Revolução Industrial no Brasil

Após a independência do Brasil aconteceram somente algumas iniciativas isoladas em instalar indústrias no Brasil. No começo do século XX, algumas fábricas têxteis surgiram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entretanto, a industrialização no Brasil só começou de fato em 1930, cem anos após a Primeira Revolução Industrial.
Durante o governo de Getúlio Vargas, a centralização do poder no Estado Novo criou condições para que o trabalho de coordenação e planejamento econômico começassem. Vargas enfatizou a industrialização por substituição de importações.
Segunda Guerra Mundial (1939-1945) desacelerou a industrialização no Brasil, uma vez que as importações de máquinas e equipamentos foram interrompidas. No entanto, o Brasil fundou em 1941 e 1942 a Companhia Siderúrgica Nacional e a Usiminas, respectivamente. Após a Segunda Guerra, o Estado retornou às suas atividades de investidor e impulsionou a criação de indústrias como a Petrobras (1953).
Acessado no dia 08/04/2020 em :
 https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4051477245074964991#editor
https://www.youtube.com/watch?v=fCkFjlR7-JQ&t=4060s

terça-feira, 7 de abril de 2020

7º ano - VARÍOLA NO MUNDO ENTRE OS SÉCULOS XI E XIX




            Os registros de epidemias no Brasil remontam à época colonial de nossa história, quando os portugueses começaram a colonizar o território onde hoje é o nosso país. Será que esses registros e formas de combate às doenças no passado podem nos ajudar a combater a atual pandemia de coronavírus (COVID-19) que vivemos hoje? Leia os textos a seguir, analise a imagem e, posteriormente, responda às questões.
VARÍOLA NO MUNDO ENTRE OS SÉCULOS XI E XIX
            Entre os séculos XI e XV, a varíola atinge praticamente toda a Europa (exceto a Rússia). Era possível observar dois padrões epidemiológicos distintos. Em grandes cidades, ou em regiões densamente povoadas, ela tinha caráter endêmico, atingindo quase que exclusivamente crianças, com grandes epidemias em intervalos variáveis. Já nas cidades menores e em regiões de baixa densidade populacional, apresentava caráter exclusivamente epidêmico, com surtos ocorrendo de tempos em tempos e atingindo todas as faixas etárias. (...)
            Em 1546, Girolamo Fracastoro publica seu trabalho De Contagione et Contagiosis Morbis, que foi passo importante no início do entendimento das doenças infecciosas, como a varíola, a peste e a raiva. Ainda no século XVI, a varíola difundiu-se da Península Ibérica para a costa oeste da África, da América Central e do Sul (Figura 2). No século XVII, a doença atinge a América do Norte e a Rússia. (p.60)
                                                                   TOLEDO JR., ANTONIO C. de CASTRO. História da Varíola. Rev Med Minas Gerais. 2005;15(1):58-65, p.60.
Vacinação contra a varíola na década de 70
VARÍOLA NO BRASIL
O histórico de epidemias do Brasil surge com a vinda dos portugueses, tendo como a primeira epidemia relatada a varíola em 1563, afetando principalmente os indígenas por nunca terem tido contato com a doença e usarem pertences pessoais e roupas dos europeus contaminados. Os europeus viram essa epidemia e o desconhecimento dos indígenas como uma oportunidade de se apossar de suas terras. Então, os europeus deixavam roupas contaminadas em trilhas para que os indígenas as encontrassem e usassem. Durante  séculos não se tinha informações suficientes da doença, o meio de se a controlar a epidemia era isolar os enfermos e descartar seus objetos pessoais. Sendo uma doença viral, a varíola traz consigo os sintomas de uma gripe comum, evoluindo para protuberâncias inflamadas na pele, levando ao óbito. A doença foi erradicada, segundo a OMS, em 1980.

                                                                            Adaptado de: Principais epidemias ocorridas no Brasil, por por Luiz de Oliveira Alves
                                                                            https://www.infoescola.com/saude/principais-epidemias-ocorridas-no-brasil/ (acessado em 16/03/2020)


Agora no seu caderno de História, responda as perguntas com base nos textos que acabou de ler:
1) Os primeiros registros de epidemia da varíola ocorreram em que época e em que região?
2) Como a epidemia de varíola acabou atingindo o Brasil, no século XVI?
3)) Quais eram os sintomas e as formas de contágio da varíola? Podemos estabelecer relações com os sintomas e com as formas de contágio do novo coronavírus (COVID-19)? Quais?
4)As imagens abaixo foram extraídas do site https://www2.tatui.sp.gov.br/coronavirus/ . Observe as imagens e reproduza com sua criatividade e com suas palavras numa folha de caderno ou sulfite. Escolha um lugar de sua casa e o coloque para que sua família não esqueça de se proteger. Tire uma foto, divulgue nas redes sociais ou me envie. compartilhe esta ideia.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

6º ANO - AS LINGUAGENS DAS FONTES HISTÓRICAS



Como um historiador pode saber de coisas que aconteceram em um passado muito, muito distante?Para saber do passado, o historiador conta com a ajuda das fontes históricas. Fontes históricas são os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados e reconstruir a história.
As fontes históricas podem ser vestígios arqueológicos, como ossos dos animais e dos homens que viveram no período da pré-história. Esses são exemplos de fontes materiais escritas. Documentos escritos em tempos passados, mapas, cartas, diários, pergaminhos e jornais antigos também são fontes materiais escritas.
As fontes materiais não escritas são objetos antigos, pinturas, utensílios, ferramentas, armas, esculturas. O historiador também pode utilizar como objeto de pesquisa as fontes não materiais baseadas nas lendas e contos antigos passados de pai para filho, através de depoimentos transmitidos através da oralidade, ou seja, da fala.
É por meio das relações entre as várias fontes históricas que o conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruído. Assim, devemos lembrar que uma mesma fonte histórica pode ter diversas interpretações. Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte.
Infelizmente muitas fontes históricas se perderam com o passar do tempo, mas com a ajuda de arquivos públicos e particulares, bibliotecas, museus e colecionadores, outras fontes históricas têm sido preservadas e guardadas.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

8º ANO - A VINDA DA FAMÍLIA REAL NO BRASIL - ATIVIDADE

Leia o seguinte texto, depois responda as questões:

Com as cores e os ares da Europa


“De capital do Vice-Reino do Brasil à sede do Império português. Com a chegada da família real e sua corte, o Rio de Janeiro precisava adequar a realidade da Colônia aos moldes europeus. A tarefa não era fácil. Como descreveria o viajante inglês John Luccock, alguns anos mais tarde, a cidade era "a mais suja associação humana vivendo sob a curva dos céus". À imitação das ruas de Lisboa, as vias cariocas estavam repletas de lama e de toda sorte de sujeira. As igrejas e os conventos eram os edifícios públicos mais notáveis e, fora algumas touradas realizadas no Campo de Santana, não existiam diversões como as européias. Os jardins do Passeio Público, construído entre 1779 e 1783, foram durante anos o principal atrativo da cidade.
D. João tratou de revitalizar esse cenário, fundando teatros, organizando concertos musicais na Capela Real, adicionando novas datas no já carregado calendário de festas locais e criando o Jardim Botânico, como parte do esforço de transformar o Rio em uma cidade civilizada nos trópicos. Era importante ainda criar uma imagem do Império. Para isso, aportou no país em 1816 a Missão Francesa, composta por artistas como Lebreton, Taunay, Debret e Grandjean de Montigny. A Missão produziu imagens que hoje são a memória material do período, além de transformar a paisagem da sede imperial, substituindo o barroco pelo estilo neoclássico. Os 54 quadros que chegaram com os artistas franceses tornaram-se embrião, junto com a coleção de D. João, de outra grande instituição cultural da cidade: o Museu Nacional de Belas Artes.
            O conhecimento europeu aportou no país em forma de livros, manuscritos, gravuras, estampas, mapas, moedas e medalhas. O acervo da Real Biblioteca, com cerca de 60 mil volumes, foi transferido para o Rio de Janeiro logo após a chegada da Família Real, na Ordem Terceira do Carmo, deu origem à Biblioteca Nacional, hoje apontada pela Unesco como a oitava maior biblioteca do mundo”.

SCHWARCZ, Lília Moritz. O dia em que Portugal fugiu para o Brasil. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 1, número 1, jun de 2005. p.26.


a) Explique o título do Texto: “Com as cores e os ares da Europa”.

b) Qual a importância da Missão Artística Francesa neste contexto até hoje?

c) Dentre as novidades trazidas pela família Real, qual a autora do texto coloca como de grande importância cultural para o Brasil de ontem e de hoje?


TEMA: A VINDA DA FAMÍLIA REAL E INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
QUESTÃO 01

Utilizando seus conhecimentos da história do período (1808/1822), explique, as possíveis divisões do mapa do Brasil na imagem abaixo. Não esqueça que neste mapa encontra-se uma hipótese a respeito do processo de independência do Brasil.
QUESTÃO 02 
A vinda da família real portuguesa foi bastante significativa para o Brasil, pois possibilitou
a) o fim do pacto colonial a partir da liberdade de comércio estabelecida em 1808.
b) uma maior liberdade para os negros africanos de exercer seus rituais religiosos.
c) uma alteração na cultura brasileira, que se tornou livre das influências britânicas.
d) a perpetuação dos valores culturais portugueses que passaram a ser os únicos do Brasil.

QUESTÃO 03
 
Procure interpretar as “charges" que se encontra acima e ao lado, analisando a versão da Independência do Brasil, que elas transmitem.

QUESTÃO 04


Explique a imagem acima, dando preferência em sua resposta à causa, dentro do seu contexto histórico. (Por que Napoleão está em território espanhol e qual o motivo para os exércitos franceses estarem em Portugal?).
QUESTÃO 05
Partindo do mesmo princípio da questão anterior, comente a principal conseqüência da invasão napoleônica ao território português e qual a sua relação com a História do Brasil.

QUESTÃO 06
A figura ao abaixo representa uma das diversas conseqüências da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, o “Ponha-se na rua”. Qual o significado da expressão e por que esse fato aconteceu?

8º ANO - A VINDA DA FAMÍLIA REAL NO BRASIL (PARTE 1)



8º ANO - A VINDA DA FAMÍLIA REAL NO BRASIL

A Vinda da Família Real ao Brasil em 1808
No início do século XIX, a Europa estava agitada pelas guerras. Inglaterra e França disputavam a liderança no continente europeu.
Em 1806, Napoleão Bonaparte, imperador da França, decretou o Bloqueio Continental, proibindo que qualquer país aliado ou ocupado pelas forças francesas comercializasse com a Inglaterra. O objetivo do bloqueio era arruinar a economia inglesa. Quem não obedecesse, seria invadido pelo exército francês.
  Portugal viu-se numa situação delicada.   Nessa época, Portugal era governado pelo príncipe regente D. João, pois sua mãe, a rainha D. Maria I, enlouquecera. D. João não podia cumprir as ordens de Napoleão e aderir ao Bloqueio Continental, pois tinha longa relação comercial com a Inglaterra, por outro lado o governo português temia o exército francês.
Sem outra alternativa, Portugal aceitou o Bloqueio, mas, continuou comercializando com a Inglaterra. Ao descobrir a trama, Napoleão determinou a invasão de Portugal em novembro de 1807. Sem condições de resistir à invasão francesa, D. João e toda a corte portuguesa fugiram para o Brasil, sob a proteção naval da marinha inglesa. A Inglaterra ofereceu escolta na travessia do Atlântico, mas em troca exigiu a abertura dos portos brasileiros aos navios ingleses.
A corte portuguesa partiu às pressas de Lisboa sob as vaias do povo, em 29 de novembro de 1807. Na comitiva vinha D. João, sua mãe D. Maria I, a princesa Carlota Joaquina; as crianças D. Miguel, D. Maria Teresa, D. Maria Isabel, D. Maria Assunção, D. Ana de Jesus Maria e D. Pedro, o futuro imperador do Brasil e mais cerca de 15 mil pessoas entre nobres, militares, religiosos e funcionários da Coroa. Trazendo tudo o que era possível carregar; móveis, objetos de arte, jóias, louças, livros, arquivos e todo o tesouro real imperial.
Após 54 dias de viagem a esquadra portuguesa chegou ao porto de Salvador na Bahia, em 22 de janeiro de 1808. Lá foram recebidos com festas, onde permaneceram por mais de um mês.
Seis dias após a chegada D. João cumpriu o seu acordo com os ingleses, abrindo os portos brasileiros às nações amigas, isto é, a Inglaterra. Eliminando em parte o monopólio comercial português, que obrigava o Brasil a fazer comércio apenas com Portugal.
Mas o destino da Coroa portuguesa, era a capital da colônia, o Rio de Janeiro, onde D. João e sua comitiva desembarcaram em 8 de março de 1808 e onde foi instalada a sede do governo.
Na chegada ao Rio de Janeiro, a Corte portuguesa foi recebida com uma grande festa: o povo aglomerou-se no porto e nas principais ruas para acompanhar a Família Real em procissão até a Catedral, onde, após uma missa em ação de graças, o rei concedeu o primeiro "beija-mão".
A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro provocou uma grande transformação na cidade.  D. João teve que organizar a estrutura administrativa do governo. Nomeou ministros de Estado, colocou em funcionamento diversas secretarias públicas, instalou tribunais de justiça e criou o Banco do Brasil (1808).
Era preciso acomodar os novos habitantes e tornar a cidade digna de ser a nova sede do Império português. O vice-rei do Brasil, D. Marcos de Noronha e Brito cedeu sua residência, O Palácio dos Governadores, no Lago do Paço, que passou a ser chamado Paço Real, para o rei e sua família e exigiu que os moradores das melhores casas da cidade fizessem o mesmo. Duas mil residências foram requisitadas, pregando-se nas portas o "P.R.", que significava "Príncipe Regente", mas que o povo logo traduziu como "Ponha-se na Rua". Prédios públicos, quartéis, igrejas e conventos também foram ocupados. A cidade passou por uma reforma geral: limpeza de ruas, pinturas nas fachadas dos prédios e apreensão de animais.
As mudanças provocaram o aumento da população na cidade do Rio de Janeiro, que por volta de 1820, somava mais de 100 mil habitantes, entre os quais muitos eram estrangeiros – portugueses, comerciantes ingleses, corpos diplomáticos – ou mesmo resultado do deslocamento da população interna que procurava novas oportunidades na capital.
As construções passaram a seguir os padrões europeus. Novos elementos foram incorporados ao mobiliário; espelhos, bibelôs, biombos, papéis de parede, quadros, instrumentos musicais, relógios de parede.
Com a Abertura dos Portos (1808) e os Tratados de Comércio e Navegação e de Aliança e Amizade (1810) estabelecendo tarifas preferenciais aos produtos ingleses, o comércio cresceu. O porto do Rio de Janeiro aumentou seu movimento que passou de 500 para 1200 embarcações anuais.
A oferta de mercadorias e serviços diversificou-se. A Rua do Ouvidor, no centro do Rio, recebeu o cabeleireiro da Corte, costureiras francesas, lojas elegantes, joalherias e tabacarias. A novidade mais requintada era os chapéus, luvas, leques, flores artificiais, perfumes e sabonetes.
Para a elite, a presença da Corte e o número crescente de comerciantes estrangeiros trouxeram familiaridade com novos produtos e padrões de comportamento em moldes europeus.  As mulheres seguindo o estilo francês; usavam vestidos leves e sem armações, com decotes abertos, cintura alta, deixando aparecer os sapatos de saltos baixos. Enquanto os homens usavam casacas com golas altas enfeitadas por lenços coloridos e gravatas de renda, calções até o joelho e meias. Embora apenas uma pequena parte da população usufruísse desses luxos.
Sem dúvida, a vinda de D. João deu um grande impulso à cultura no Brasil.
Em abril de 1808, foi criado o Arquivo Central, que reunia mapas e cartas geográficas do Brasil e projetos de obras públicas. Em maio, D. João criou a Imprensa Régia e, em setembro, surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro. Logo vieram livros didáticos, técnicos e de poesia. Em janeiro de 1810, foi aberta a Biblioteca Real, com 60 mil volumes trazidos de Lisboa.
Criaram-se as Escolas de Cirurgia e Academia de Marinha (1808), a Aula de Comércio e Academia Militar (1810) e a Academia Médico-cirúrgica (1813). A ciência também ganhou com a criação do Observatório Astronômico (1808), do Jardim Botânico (1810) e do Laboratório de Química (1818).
Em 1813, foi inaugurado o Teatro São João (atual João Caetano). Em 1816, a Missão Francesa, composta de pintores, escultores, arquitetos e artesãos, chegaram ao Rio de Janeiro para criar a Imperial Academia e Escola de Belas-Artes. Em 1820, foi a vez da Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura-civil.
A presença de artistas estrangeiros, botânicos, zoólogos, médicos, etnólogos, geógrafos e muitos outros que fizeram viagens e expedições regulares ao Brasil – trouxe informações sobre o que acontecia pelo mundo e também tornou este país conhecido, por meio dos livros e artigos em jornais e revistas que aqueles profissionais publicavam. Foi uma mudança profunda, mas que não alterou os costumes da grande maioria da população carioca, composta de escravos e trabalhadores assalariados.
Com a vitória das nações européias contra Napoleão em 1815, ficou decidido que os reis de países invadidos, pela França deveriam voltar a ocupar seus tronos.
D. João e sua corte não queriam retornar ao empobrecido Portugal. Então o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves (uma região ao sul de Portugal). O Brasil deixava de ser Colônia de Portugal, adquiria autonomia administrativa.
Em 1820, houve em Portugal a Revolução Liberal do Porto, terminando com o Absolutismo e iniciando a Monarquia Constitucional. D. João deixava de ser monarca absoluto e passava a seguir a Constituição do Reino. Dessa forma, a Assembléia Portuguesa exigia o retorno do monarca. O novo governo português desejava recolonizar o Brasil, retirando sua autonomia econômica.
Em 26 de abril de 1821, D. João VI cedendo às pressões, volta a Portugal, deixando seu filho D.Pedro como príncipe regente do Brasil.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

9º ANO - GETÚLIO VARGAS

getúlio

Quem foi e governo
- Getúlio Dornelles Vargas (19/4/1882 - 24/8/1954) foi o do Brasil durante dois mandatos.: 1930 a 1945 e de 1951 a 1954.
- Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
- Vargas assumiu o poder em 1930, após liderar a Revolução de 1930
- Governo marcado pelo nacionalismo e populismo.
- Fechou o Congresso Nacional no ano de 1937 e instalou o Estado Novo, governando de forma controladora e centralizadora.
- Criou o Departamento de Imprensa e Propaganda para censurar e controlar manifestações contra opostas ao seu governo.
- Perseguiu opositores políticos, principalmente, partidários e simpatizantes do socialismo. 
Realizações importantes de seu governo: 
- Criou a Justiça do Trabalho em 1939;
- Criou e implantou vários direitos trabalhistas, entre eles, o salário mínimo, Consolidação das Leis do Trabalho, semana de trabalho de 48 horas, Carteira profissional e férias remuneradas.
- Vargas fez fortes investimentos nas áreas de infraestrutura: criação da Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Vale do Rio Doce e Hidrelétrica do Vale do São Francisco .
- Em 1938, criou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
- Após um golpe militar, Vargas deixou o governo em 1945. 
O Segundo Mandato
- Vargas foi eleito presidente da República em 1950, através das vias democráticas, ou seja, pelo voto popular.
- Neste segundo mandato continuou com uma política nacionalista.
- Criou a campanha do "Petróleo é Nosso", para impedir que empresas estrangeiras pudessem explorar o petróleo em terras brasileiras. Esta campanha resultou, posteriormente, na criação da Petrobrás. 
A crise do governo Vargas e o suicídio
- Em 1954, o clima político no Brasil era tenso e conflituoso. Havia fortes críticas por parte da imprensa ao governo de Vargas. Os militares também estavam descontentes com medidas consideradas “de esquerda” tomadas por Vargas. A população também estava muito descontente, pois a situação econômica do país era ruim.
-Existia, portanto, grande pressão para que ele renunciasse. Porém, em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito.

UMA ATIVIDADE PRA RELAXAR: CAÇA PALAVRAS DA ERA VARGAS:

Jogo de caça-palavras sobre a Era Vargas