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quinta-feira, 26 de julho de 2012

8º ANO - A VINDA DA FAMÍLIA REAL NO BRASIL - ATIVIDADE

Leia o seguinte texto, depois responda as questões:

Com as cores e os ares da Europa


“De capital do Vice-Reino do Brasil à sede do Império português. Com a chegada da família real e sua corte, o Rio de Janeiro precisava adequar a realidade da Colônia aos moldes europeus. A tarefa não era fácil. Como descreveria o viajante inglês John Luccock, alguns anos mais tarde, a cidade era "a mais suja associação humana vivendo sob a curva dos céus". À imitação das ruas de Lisboa, as vias cariocas estavam repletas de lama e de toda sorte de sujeira. As igrejas e os conventos eram os edifícios públicos mais notáveis e, fora algumas touradas realizadas no Campo de Santana, não existiam diversões como as européias. Os jardins do Passeio Público, construído entre 1779 e 1783, foram durante anos o principal atrativo da cidade.
D. João tratou de revitalizar esse cenário, fundando teatros, organizando concertos musicais na Capela Real, adicionando novas datas no já carregado calendário de festas locais e criando o Jardim Botânico, como parte do esforço de transformar o Rio em uma cidade civilizada nos trópicos. Era importante ainda criar uma imagem do Império. Para isso, aportou no país em 1816 a Missão Francesa, composta por artistas como Lebreton, Taunay, Debret e Grandjean de Montigny. A Missão produziu imagens que hoje são a memória material do período, além de transformar a paisagem da sede imperial, substituindo o barroco pelo estilo neoclássico. Os 54 quadros que chegaram com os artistas franceses tornaram-se embrião, junto com a coleção de D. João, de outra grande instituição cultural da cidade: o Museu Nacional de Belas Artes.
            O conhecimento europeu aportou no país em forma de livros, manuscritos, gravuras, estampas, mapas, moedas e medalhas. O acervo da Real Biblioteca, com cerca de 60 mil volumes, foi transferido para o Rio de Janeiro logo após a chegada da Família Real, na Ordem Terceira do Carmo, deu origem à Biblioteca Nacional, hoje apontada pela Unesco como a oitava maior biblioteca do mundo”.

SCHWARCZ, Lília Moritz. O dia em que Portugal fugiu para o Brasil. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 1, número 1, jun de 2005. p.26.


a) Explique o título do Texto: “Com as cores e os ares da Europa”.

b) Qual a importância da Missão Artística Francesa neste contexto até hoje?

c) Dentre as novidades trazidas pela família Real, qual a autora do texto coloca como de grande importância cultural para o Brasil de ontem e de hoje?


TEMA: A VINDA DA FAMÍLIA REAL E INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
QUESTÃO 01

Utilizando seus conhecimentos da história do período (1808/1822), explique, as possíveis divisões do mapa do Brasil na imagem abaixo. Não esqueça que neste mapa encontra-se uma hipótese a respeito do processo de independência do Brasil.
QUESTÃO 02 
A vinda da família real portuguesa foi bastante significativa para o Brasil, pois possibilitou
a) o fim do pacto colonial a partir da liberdade de comércio estabelecida em 1808.
b) uma maior liberdade para os negros africanos de exercer seus rituais religiosos.
c) uma alteração na cultura brasileira, que se tornou livre das influências britânicas.
d) a perpetuação dos valores culturais portugueses que passaram a ser os únicos do Brasil.

QUESTÃO 03
 
Procure interpretar as “charges" que se encontra acima e ao lado, analisando a versão da Independência do Brasil, que elas transmitem.

QUESTÃO 04


Explique a imagem acima, dando preferência em sua resposta à causa, dentro do seu contexto histórico. (Por que Napoleão está em território espanhol e qual o motivo para os exércitos franceses estarem em Portugal?).
QUESTÃO 05
Partindo do mesmo princípio da questão anterior, comente a principal conseqüência da invasão napoleônica ao território português e qual a sua relação com a História do Brasil.

QUESTÃO 06
A figura ao abaixo representa uma das diversas conseqüências da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, o “Ponha-se na rua”. Qual o significado da expressão e por que esse fato aconteceu?

8º ANO - A VINDA DA FAMÍLIA REAL NO BRASIL (PARTE 1)



8º ANO - A VINDA DA FAMÍLIA REAL NO BRASIL

A Vinda da Família Real ao Brasil em 1808
No início do século XIX, a Europa estava agitada pelas guerras. Inglaterra e França disputavam a liderança no continente europeu.
Em 1806, Napoleão Bonaparte, imperador da França, decretou o Bloqueio Continental, proibindo que qualquer país aliado ou ocupado pelas forças francesas comercializasse com a Inglaterra. O objetivo do bloqueio era arruinar a economia inglesa. Quem não obedecesse, seria invadido pelo exército francês.
  Portugal viu-se numa situação delicada.   Nessa época, Portugal era governado pelo príncipe regente D. João, pois sua mãe, a rainha D. Maria I, enlouquecera. D. João não podia cumprir as ordens de Napoleão e aderir ao Bloqueio Continental, pois tinha longa relação comercial com a Inglaterra, por outro lado o governo português temia o exército francês.
Sem outra alternativa, Portugal aceitou o Bloqueio, mas, continuou comercializando com a Inglaterra. Ao descobrir a trama, Napoleão determinou a invasão de Portugal em novembro de 1807. Sem condições de resistir à invasão francesa, D. João e toda a corte portuguesa fugiram para o Brasil, sob a proteção naval da marinha inglesa. A Inglaterra ofereceu escolta na travessia do Atlântico, mas em troca exigiu a abertura dos portos brasileiros aos navios ingleses.
A corte portuguesa partiu às pressas de Lisboa sob as vaias do povo, em 29 de novembro de 1807. Na comitiva vinha D. João, sua mãe D. Maria I, a princesa Carlota Joaquina; as crianças D. Miguel, D. Maria Teresa, D. Maria Isabel, D. Maria Assunção, D. Ana de Jesus Maria e D. Pedro, o futuro imperador do Brasil e mais cerca de 15 mil pessoas entre nobres, militares, religiosos e funcionários da Coroa. Trazendo tudo o que era possível carregar; móveis, objetos de arte, jóias, louças, livros, arquivos e todo o tesouro real imperial.
Após 54 dias de viagem a esquadra portuguesa chegou ao porto de Salvador na Bahia, em 22 de janeiro de 1808. Lá foram recebidos com festas, onde permaneceram por mais de um mês.
Seis dias após a chegada D. João cumpriu o seu acordo com os ingleses, abrindo os portos brasileiros às nações amigas, isto é, a Inglaterra. Eliminando em parte o monopólio comercial português, que obrigava o Brasil a fazer comércio apenas com Portugal.
Mas o destino da Coroa portuguesa, era a capital da colônia, o Rio de Janeiro, onde D. João e sua comitiva desembarcaram em 8 de março de 1808 e onde foi instalada a sede do governo.
Na chegada ao Rio de Janeiro, a Corte portuguesa foi recebida com uma grande festa: o povo aglomerou-se no porto e nas principais ruas para acompanhar a Família Real em procissão até a Catedral, onde, após uma missa em ação de graças, o rei concedeu o primeiro "beija-mão".
A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro provocou uma grande transformação na cidade.  D. João teve que organizar a estrutura administrativa do governo. Nomeou ministros de Estado, colocou em funcionamento diversas secretarias públicas, instalou tribunais de justiça e criou o Banco do Brasil (1808).
Era preciso acomodar os novos habitantes e tornar a cidade digna de ser a nova sede do Império português. O vice-rei do Brasil, D. Marcos de Noronha e Brito cedeu sua residência, O Palácio dos Governadores, no Lago do Paço, que passou a ser chamado Paço Real, para o rei e sua família e exigiu que os moradores das melhores casas da cidade fizessem o mesmo. Duas mil residências foram requisitadas, pregando-se nas portas o "P.R.", que significava "Príncipe Regente", mas que o povo logo traduziu como "Ponha-se na Rua". Prédios públicos, quartéis, igrejas e conventos também foram ocupados. A cidade passou por uma reforma geral: limpeza de ruas, pinturas nas fachadas dos prédios e apreensão de animais.
As mudanças provocaram o aumento da população na cidade do Rio de Janeiro, que por volta de 1820, somava mais de 100 mil habitantes, entre os quais muitos eram estrangeiros – portugueses, comerciantes ingleses, corpos diplomáticos – ou mesmo resultado do deslocamento da população interna que procurava novas oportunidades na capital.
As construções passaram a seguir os padrões europeus. Novos elementos foram incorporados ao mobiliário; espelhos, bibelôs, biombos, papéis de parede, quadros, instrumentos musicais, relógios de parede.
Com a Abertura dos Portos (1808) e os Tratados de Comércio e Navegação e de Aliança e Amizade (1810) estabelecendo tarifas preferenciais aos produtos ingleses, o comércio cresceu. O porto do Rio de Janeiro aumentou seu movimento que passou de 500 para 1200 embarcações anuais.
A oferta de mercadorias e serviços diversificou-se. A Rua do Ouvidor, no centro do Rio, recebeu o cabeleireiro da Corte, costureiras francesas, lojas elegantes, joalherias e tabacarias. A novidade mais requintada era os chapéus, luvas, leques, flores artificiais, perfumes e sabonetes.
Para a elite, a presença da Corte e o número crescente de comerciantes estrangeiros trouxeram familiaridade com novos produtos e padrões de comportamento em moldes europeus.  As mulheres seguindo o estilo francês; usavam vestidos leves e sem armações, com decotes abertos, cintura alta, deixando aparecer os sapatos de saltos baixos. Enquanto os homens usavam casacas com golas altas enfeitadas por lenços coloridos e gravatas de renda, calções até o joelho e meias. Embora apenas uma pequena parte da população usufruísse desses luxos.
Sem dúvida, a vinda de D. João deu um grande impulso à cultura no Brasil.
Em abril de 1808, foi criado o Arquivo Central, que reunia mapas e cartas geográficas do Brasil e projetos de obras públicas. Em maio, D. João criou a Imprensa Régia e, em setembro, surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro. Logo vieram livros didáticos, técnicos e de poesia. Em janeiro de 1810, foi aberta a Biblioteca Real, com 60 mil volumes trazidos de Lisboa.
Criaram-se as Escolas de Cirurgia e Academia de Marinha (1808), a Aula de Comércio e Academia Militar (1810) e a Academia Médico-cirúrgica (1813). A ciência também ganhou com a criação do Observatório Astronômico (1808), do Jardim Botânico (1810) e do Laboratório de Química (1818).
Em 1813, foi inaugurado o Teatro São João (atual João Caetano). Em 1816, a Missão Francesa, composta de pintores, escultores, arquitetos e artesãos, chegaram ao Rio de Janeiro para criar a Imperial Academia e Escola de Belas-Artes. Em 1820, foi a vez da Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura-civil.
A presença de artistas estrangeiros, botânicos, zoólogos, médicos, etnólogos, geógrafos e muitos outros que fizeram viagens e expedições regulares ao Brasil – trouxe informações sobre o que acontecia pelo mundo e também tornou este país conhecido, por meio dos livros e artigos em jornais e revistas que aqueles profissionais publicavam. Foi uma mudança profunda, mas que não alterou os costumes da grande maioria da população carioca, composta de escravos e trabalhadores assalariados.
Com a vitória das nações européias contra Napoleão em 1815, ficou decidido que os reis de países invadidos, pela França deveriam voltar a ocupar seus tronos.
D. João e sua corte não queriam retornar ao empobrecido Portugal. Então o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves (uma região ao sul de Portugal). O Brasil deixava de ser Colônia de Portugal, adquiria autonomia administrativa.
Em 1820, houve em Portugal a Revolução Liberal do Porto, terminando com o Absolutismo e iniciando a Monarquia Constitucional. D. João deixava de ser monarca absoluto e passava a seguir a Constituição do Reino. Dessa forma, a Assembléia Portuguesa exigia o retorno do monarca. O novo governo português desejava recolonizar o Brasil, retirando sua autonomia econômica.
Em 26 de abril de 1821, D. João VI cedendo às pressões, volta a Portugal, deixando seu filho D.Pedro como príncipe regente do Brasil.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

9º ANO - GETÚLIO VARGAS

getúlio

Quem foi e governo
- Getúlio Dornelles Vargas (19/4/1882 - 24/8/1954) foi o do Brasil durante dois mandatos.: 1930 a 1945 e de 1951 a 1954.
- Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
- Vargas assumiu o poder em 1930, após liderar a Revolução de 1930
- Governo marcado pelo nacionalismo e populismo.
- Fechou o Congresso Nacional no ano de 1937 e instalou o Estado Novo, governando de forma controladora e centralizadora.
- Criou o Departamento de Imprensa e Propaganda para censurar e controlar manifestações contra opostas ao seu governo.
- Perseguiu opositores políticos, principalmente, partidários e simpatizantes do socialismo. 
Realizações importantes de seu governo: 
- Criou a Justiça do Trabalho em 1939;
- Criou e implantou vários direitos trabalhistas, entre eles, o salário mínimo, Consolidação das Leis do Trabalho, semana de trabalho de 48 horas, Carteira profissional e férias remuneradas.
- Vargas fez fortes investimentos nas áreas de infraestrutura: criação da Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Vale do Rio Doce e Hidrelétrica do Vale do São Francisco .
- Em 1938, criou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
- Após um golpe militar, Vargas deixou o governo em 1945. 
O Segundo Mandato
- Vargas foi eleito presidente da República em 1950, através das vias democráticas, ou seja, pelo voto popular.
- Neste segundo mandato continuou com uma política nacionalista.
- Criou a campanha do "Petróleo é Nosso", para impedir que empresas estrangeiras pudessem explorar o petróleo em terras brasileiras. Esta campanha resultou, posteriormente, na criação da Petrobrás. 
A crise do governo Vargas e o suicídio
- Em 1954, o clima político no Brasil era tenso e conflituoso. Havia fortes críticas por parte da imprensa ao governo de Vargas. Os militares também estavam descontentes com medidas consideradas “de esquerda” tomadas por Vargas. A população também estava muito descontente, pois a situação econômica do país era ruim.
-Existia, portanto, grande pressão para que ele renunciasse. Porém, em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito.

UMA ATIVIDADE PRA RELAXAR: CAÇA PALAVRAS DA ERA VARGAS:

Jogo de caça-palavras sobre a Era Vargas